quinta-feira, 16 de abril de 2009

Observações Finais

5.1 As sugestões aqui apresentadas pelo FNPJ visam contribuir para o debate (na forma de audiência pública) para que as novas diretrizes ao ensino de Jornalismo no Brasil sejam, de fato, reformuladas, mas em sintonia com o espaço, importância e contribuição que a produção jornalística contemporânea tem nas formas de organização social e, em especial, com presença ativa na qualidade de vida da grande maioria da população. Afinal, pouco adiantaria inventar artifícios para “descaracterizar” a produção jornalística (seja a que chega ao usuário/contribuinte pela TV, rádio, jornal impresso, web, dentre outros suportes técnicos);
5.2 O FNPJ, para além de entender e defender a especificidade da área de conhecimento que o Jornalismo constitui partilha da compreensão defendida pela FENAJ, SBPJor e outras entidades representativas do campo, de que a sociedade brasileira só tem a ganhar com o fortalecimento e a legitimidade do Jornalismo, a partir do delineamento de diretrizes do ensino que apontem para a crescente autonomia da formação profissional em Jornalismo;5.3 Por fim, é fundamental destacar que uma das óbvias constatações da ciência contemporânea (de que todo conhecimento é interdisciplinar) não pode ser usada como estratégia de descaracterização de um setor que tem registrado um crescimento acelerado ao longo das duas últimas décadas, seja por meio de novos suportes técnicos (redes, digitalização de meios analógicos) ou da abertura/reconhecimento de centenas de cursos universitários, com aval do próprio órgão responsável pelo ensino superior no Ministério da Educação. O entendimento basilar deste documento é o de que o prefixo inter significa comunicação com, em perspectiva, e não fusão ou anulação do objeto e do sujeito próprios em função de outro. A noção de dialogicidade de Freire e Bakhtin, por exemplo, nos ensina que não há comunicação com a anulação prévia dos sujeitos de discurso.

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